Versões

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domingo, 6 de abril de 2014

A Culpa é das RAPOSAS... Quero algumas raposas! História para adultos.



Gepeto era um carpinteiro que vivia sozinho e sonhava em ter um filho. Um dia, ele decidiu fazer um boneco de madeira, que ganhou vida graças ao seu desejo. 

- Serás o filho que eu não tive e vou chamar-te Pinóquio. 
Nessa noite, uma Fada Madrinha visitou a oficina de Gepeto e ao tocar Pinóquio com a varinha mágica disse: 
- Vou-te dar vida, boneco. Mas, deves ser sempre bom e honesto! 

No dia seguinte, Gepeto notou que os seus desejos se tinham tornado realidade. Mandou Pinóquio à escola, acompanhado pelo grilo cantante Pepe. 

Pelo caminho encontraram a D. Raposa e a D. Gata. 
- Porque vais para a Escola se há por aí tantos lugares bem mais alegres? - perguntou a Raposa. 
- Não lhe dês ouvidos! - avisou-o Pepe, o grilo. Mas Pinóquio, para quem tudo era novidade, acabou por dar ouvidos a D. Raposa e conheceu Strombóli, o dono de um teatrinho de marionetas. 
- Comigo serás o artista mais famoso do mundo! - sussurrou no ouvido de Pinóquio, o astucioso Strombóli. 

O espectáculo começou. 
Pinóquio foi a estrela, principalmente pelas suas asneiras, que causaram muitos risos. Os outros bonecos eram espertos, tinham prática, enquanto Pinóquio era trapalhão... Por isso triunfou! 
No final do espectáculo Pinóquio quis ir embora, mas Strombóli tinha outros planos. 
- Vou prender-te nesta jaula, boneco falante. Vales muito mais do que um diamante! 

Por sorte o grilo Pepe correu a avisar a Fada Madrinha, que enviou uma borboleta mágica para salvar Pinóquio. 
Quando se recompôs do susto, a borboleta perguntou-lhe aonde vivia. 
- Não tenho casa. - respondeu Pinóquio. 
A borboleta voltou a fazer-lhe a mesma pergunta, e ele a dar a mesma resposta. Mas, sempre que mentia, o nariz crescia-lhe mais um pouco, pelo que não conseguiu enganar a Borboleta Mágica. 
- Não quero este nariz! - soluçou Pinóquio. 

- Terás que te portar bem e não mentir! Voltas para casa e vais à Escola. - disse-lhe a Borboleta Mágica. 
Ao regressar a casa, Pinóquio foi recebido com muita alegria por Gepeto e passou a portar-se bem. 
Algum tempo depois, quando ia para a Escola, voltou a encontrar a Raposa, que o desafiou para a acompanhar à Ilha dos Jogos. 

Não resistiu e lá foi com a Raposa. Assim que entrou começaram a crescer-lhe as orelhas e a transformar-se em burro. Aflito, valeu-lhe o grilo Pepe, que lhe disse: 
- Anda, Pinóquio. Conheço uma porta secreta...! Não te queres transformar em burro, pois não? Levar-te-iam para um curral! 
- Sim, vou contigo, meu amigo. 
Ao chegarem a casa encontraram-na vazia. Souberam por uns marinheiros que Gepeto se tinha feito ao mar num bote.

Como o grilo Pepe era muito esperto, ensinou Pinóquio a construir uma jangada. Dois dias mais tarde, quando navegavam já longe de terra, avistaram uma baleia. 
- Essa baleia vem direita a nós! gritou Pepe. 
- É melhor saltarmos para a água! 

Mas não se salvaram ... a baleia engoliu-os. 
Entretanto, descobriram que no interior da barriga da baleia estava Gepeto, que tinha naufragado durante uma tempestade. 
Depois de se terem abraçado, resolveram acender uma fogueira. A baleia espirrou e deitou-os para fora. 

- Perdoa-me, papá - suplicou Pinóquio muito arrependido. 
E a partir daí mostrou-se tão dedicado e bondoso que a Fada Madrinha, no dia do seu primeiro aniversário, transformou-o num menino de carne e osso ... num menino de verdade. 

- Agora tenho um filho verdadeiro! - exclamou Gepeto radiante.


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